Sabe aquela fome que dá depois de um dia pesado de trabalho ou depois de fazer aqueeeele relatório? Pois é, o trabalho mental exaustivo pode levar a fadiga mental e excessos alimentares.
A combinação estilo de vida sedentário e aumento do trabalho mental pode contribuir para um balanço energético positivo e aumento no peso corporal. 📚Pesquisas observaram um aumento de 200 Kcal no consumo de alimentos após uma tarefa de leitura de 45 minutos em comparação com uma condição de repouso, apesar do gasto energético real diferindo em apenas 3 Kcal nas duas condições.
Mentalmente tarefas exigentes podem afetar as demandas de energia do cérebro, e isso pode contribuir para sentimentos de fadiga e fome, aumentando a chance de consumir mais calorias do que o gasto, resultando em um balanço energético positivo e ganho de peso.📍
🙌🏻Mas isso tem solução… Pesquisas demonstram que pessoas que fazem um trabalho mental e depois fazem um treinamento intenso e por 15’ não consumiram energia adicional e fizeram um balanço de energia negativo. Esses achados sugerem exercícios intensos tem efeitos anorexigênicos e podem diminuir a ingestão de energia após atividades com efeitos orexigênicos.
Estudos sugerem que os impactos do exercício e do trabalho mental na ingestão de energia são possivelmente devidos à:
📍1) Necessidade do cérebro em reabastecer as fontes energéticas após trabalho mental. O exercício intenso, fornece substratos (aumento nos níveis de lactato por exemplo), que podem ser convertidos a glicose e utilizado pelo cérebro como energia.
📍2) O trabalho mental exaustivo, leva a reduções no autocontrole, atenção etc. A pessoa é atraída para o alimento para aumentar os níveis de glicose, mas acaba consumindo muito mais calorias que o necessário. Além disso, após trabalho estressante o indivíduo tem percepção sobre condições de fome significativamente mais altas – principalmente indivíduos com sobrepeso.
📍3) Os mecanismos pelos quais o exercício agudo e intenso traz efeitos inibidores de apetite não são claros, mas envolve sua influência sobre os hormônios da fome e saciedade e neurotransmissores sinalizadores de prazer e recompensa.
📍4) Em testes laboratoriais, seres humanos tendem a comer mais após o estresse agudo do que indivíduos controle. Pesquisas defendem que açúcar e gordura têm como alvo o cérebro semelhante aos opiáceos e são frequentemente procurados durante períodos de estresse. A comida (altamente palatável e pouca nutritiva) é um recurso barato para fornecer alívio.
Uma compreensão mais profunda dos fatores individuais que modulam o apetite (como genética) e a relação entre hormônios relacionados ao apetite, exercício e ingestão de alimentos pode ajudar a explicar a variabilidade individual e facilitar o desenvolvimento de intervenções mais eficazes de controle de peso.
Mas de qualquer forma, sugira aos seus pacientes para que da próxima vez que terminarem um trabalho mentalmente desgastante, tentem pegar seus tênis de corrida antes de um saco de batatas fritas, eles vão sentir a verdadeira recompensa. Não tem esteira em casa nem podem correr na rua? Peça que um personal prescreva uma atividade substituta!👈🏻